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VERSO 38

mṛtyur janmavatāṁ vīra
dehena saha jāyate
adya vābda-śatānte vā
mṛtyur vai prāṇināṁ dhruvaḥ

mṛtyuḥ — morte; janma-vatām — das entidades vivas que nasceram; vīra — ó grande herói; dehena saha — juntamente com o corpo; jāya­te — nasce (aquele que nasce com certeza morrerá); adya — hoje; — ou; abda-śata — de centenas de anos; ante — no final; — ou; mṛtyuḥ — morte; vai — na verdade; prāṇinām — para toda entidade viva; dhruvaḥ — é certa.

Ó grande herói, quem nasce com certeza morrerá, pois a morte nasce com o corpo. Alguém pode morrer hoje ou daqui a centenas de anos, mas a morte é certa para toda entidade viva.

SIGNIFICADO—Vasudeva queria convencer Kaṁsa de que, embora Kaṁsa temes­se morrer e, para escapar disso, fosse capaz de matar até mesmo uma mulher, ele não evitaria a morte. A morte é certa. Por que, então, Kaṁsa deveria fazer algo que seria prejudicial à sua reputação e à de sua família? Como se confirma na Bhagavad-gītā (2.27):

jātasya hi dhruvo mṛtyur
dhruvaṁ janma mṛtasya ca
tasmād aparihārye ’rthe
na tvaṁ śocitum arhasi

“Para aquele que nasce a morte é certa, e, após a morte, ele voltará a nascer. Portanto, no inevitável cumprimento do teu dever, não deves te lamentar.” Ninguém deve temer a morte. Em vez disso, todos devem preparar-se para o próximo nascimento. Deve-se utilizar o tempo nesta forma humana para encerrar o pro­cesso de nascimento e morte. A ninguém é aconselhado pensar que, para salvar-se da morte, a pessoa precisa enredar-se em ativida­des pecaminosas. Isso não é bom.

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