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VERSOS 49-50

pradāya mṛtyave putrān
mocaye kṛpaṇām imām
sutā me yadi jāyeran
mṛtyur vā na mriyeta cet

viparyayo vā kiṁ na syād
gatir dhātur duratyayā
upasthito nivarteta
nivṛttaḥ punar āpatet

pradāya — prometendo entregar; mṛtyave — a Kaṁsa, quem, para Devakī, é a morte personificada; putrān — meus filhos; mocaye — estou libertando-a do perigo iminente; kṛpaṇām — inocente; imām — De­vakī; sutāḥ — filhos; me — meus; yadi — se; jāyeran — devem nascer; mṛtyuḥ — Kaṁsa; — ou; na — não; mriyeta — deve morrer; cet — se; viparyayaḥ — exatamente o oposto; — ou; kim — se; na — não; syāt — pode acontecer; gatiḥ — o movimento; dhātuḥ — da providên­cia; duratyayā — muito difícil de entender; upasthitaḥ — aquilo que atualmente é obtido; nivarteta — pode impedir; nivṛttaḥ — a morte de Devakī sendo impedida; punaḥ āpatet — no futuro pode voltar a acontecer (mas o que posso fazer?).

Vasudeva ponderou: Entregando todos os meus filhos a Kaṁsa, que é a morte personificada, salvarei a vida de Devakī. Talvez Kaṁsa morra antes de que meus filhos nasçam, ou, uma vez que ele já está destinado a morrer nas mãos de meu filho, um de meus filhos pode­rá matá-lo. Por enquanto, é melhor que eu prometa entregar meus filhos para que Kaṁsa desista de sua ameaça imediata, e se, no de­correr do tempo, Kaṁsa morrer, nada terei a temer.

SIGNIFICADO—Vasudeva queria salvar a vida de Devakī, prometendo entregar seus filhos a Kaṁsa. “No futuro”, pensava ele, “Kaṁsa poderá morrer, ou talvez eu não gere nenhum filho. Mesmo que nasça um filho e eu o entregue a Kaṁsa, Kaṁsa pode morrer em suas mãos, pois, através da ação da providência, tudo pode acontecer. É muito difícil entender como as coisas são determinadas pela providência.” Assim, Vasudeva decidiu que prometeria entregar seus filhos nas mãos de Kaṁsa para salvar Devakī do perigo da morte iminente.

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