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VERSO 43

vayaṁ dhanyatamā loke
guro ’pi kṣatra-bandhavaḥ
vayaṁ pibāmo muhus tvattaḥ
puṇyaṁ kṛṣṇa-kathāmṛtam

vayam somos; dhanya-tamāḥ muito glorificado; loke neste mundo; guro ó meu senhor, meu mestre espiritual; api embora; kṣatra-bandhavaḥ o mais baixo dos kṣatriyas (porque não agimos como kṣatriyas); vayam estamos; pibāmaḥ bebendo; muhuḥ sempre; tvattaḥ de ti; puṇyam piedoso; kṛṣṇa-kathā-amṛtam o néctar de kṛṣṇa-kathā.

Ó meu senhor, meu mestre espiritual, embora eu seja o mais baixo dos kṣatriyas, sou glorificado e beneficiado porque tenho a oportunidade de sempre ouvir-te falar sobre o néctar das atividades piedosas da Suprema Personalidade de Deus.

SIGNIFICADO—As atividades piedosas da Suprema Personalidade de Deus são muito confidenciais. Habitualmente, consegue ouvir essas atividades apenas quem é muitíssimo afortunado. Parīkṣit Mahārāja colocou-se na posição de kṣatra-bandhavaḥ, que significa “o mais baixo dos kṣatriyas”. As qualidades do kṣatriya são descritas na Bhagavad-­gītā, e, embora a qualidade geral do kṣatriya seja īśvara-bhāva, a ten­dência a governar, não compete ao kṣatriya governar um brāhmaṇa. Em razão disso, Mahārāja Parīkṣit lamentou ter desejado governar os brāhmaṇas, pois foi por essa razão que ele fora amaldiçoado. Ele se con­siderava o mais baixo dos kṣatriyas. Dānam īśvara-bhāvaś ca kṣātraṁ karma svabhāvajam. (Bhagavad-gītā 18.43) Não havia dúvidas de que Mahārāja Parīkṣit tinha as boas qualidades de um kṣatriya, mas, como devoto, ele se apresentava, com submissão e humildade, como o mais baixo dos kṣatriyas, lembrando-se de como colocara uma serpente morta em volta do pescoço de um brāhmaṇa. O estudante e discípulo tem o direito de perguntar ao guru sobre qualquer serviço confidencial, e é dever do guru explicar ao seu dis­cípulo esses assuntos confidenciais.

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