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VERSO 22

tan-mātaro veṇu-rava-tvarotthitā
utthāpya dorbhiḥ parirabhya nirbharam
sneha-snuta-stanya-payaḥ-sudhāsavaṁ
matvā paraṁ brahma sutān apāyayan

tat-mātaraḥ as mães dos respectivos vaqueirinhos; veṇu-rava devido aos sons que os vaqueirinhos produziam nas flautas e corne­tas; tvara imediatamente; utthitāḥ despertaram de seus respec­tivos deveres domésticos; utthāpya imediatamente ergueram seus respectivos filhos; dorbhiḥ com seus dois braços; parirabhya abraçando; nirbharam sem sentirem peso algum; sneha-snuta que fluía devido ao amor intenso; stanya-payaḥ o leite de seus seios; sudhā-āsavam com o mesmíssimo gosto de uma bebida nectárea; matvā aceitando o leite como tal; param o Supremo; brahma Kṛṣṇa; sutān apāyayan começaram a alimentar seus respectivos filhos.

As mães dos meninos, ao ouvirem os sons das flautas e cornetas que eram tocadas pelos seus filhos, imediatamente deixaram suas tarefas domésticas, colocaram seus meninos no colo, abraçaram-nos com ambos os braços e começaram a alimentá-los com o leite de seus seios, que fluía devido ao amor extremo, especificamente por Kṛṣṇa. Na verdade, Kṛṣṇa é tudo, mas, naquele momento, expressando amor e afeição extremos, elas sentiam prazer especial em alimentar Kṛṣṇa, o Parabrahman, e Kṛṣṇa bebia o leite de Suas respectivas mães como se fosse uma bebida nectárea.

SIGNIFICADO—Muito embora soubessem que Kṛṣṇa era o filho de mãe Yaśodā, as gopīs mais velhas desejavam: “Se Kṛṣṇa Se tornasse meu filho, eu também cuidaria dEle como mãe Yaśodā.” Essa era sua ambição íntima. Agora, para satisfazê-las, Kṛṣṇa pessoalmente as­sumiu o papel de seus filhos e concretizou o desejo delas. As gopīs mais velhas inten­sificaram seu amor especial por Kṛṣṇa, abraçando-O e alimentando-O, e, ao saborear o leite de seus seios, Kṛṣṇa parecia saborear uma bebida nectárea. Enquanto desorientava Brahmā dessa maneira, Ele des­frutava do prazer especial e transcendental que yogamāyā produzia entre Ele e todas as mães.

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