VERSO 42
ita ete ’tra kutratyā
man-māyā-mohitetare
tāvanta eva tatrābdaṁ
krīḍanto viṣṇunā samam
itaḥ — por essa razão; ete — estes meninos com seus bezerros; atra — aqui; kutratyāḥ — de onde vieram; mat-māyā-mohita-itare — diferentes daqueles que foram encantados por minha potência ilusória; tāvantaḥ — o mesmo número de meninos; eva — na verdade; tatra — lá; ā-abdam — por um ano; krīḍantaḥ — está brincando; viṣṇunā samam — juntamente com Kṛṣṇa.
Um número semelhante de meninos e bezerros brincou com Kṛṣṇa por um ano inteiro, mas eles são diferentes daqueles iludidos por minha potência mística. Quem são eles? De onde vieram?
SIGNIFICADO—Embora aparecessem como bezerros, vacas e vaqueirinhos, todos eles eram Viṣṇu. Na verdade, eram viṣṇu-tattva, e não jīva-tattva. Brahmā ficou surpreso. “Os vaqueirinhos e vacas originais”, pensou ele, “ainda estão onde os deixei no último ano. Então, quem são estes que fazem companhia a Kṛṣṇa exatamente como antes? De onde vieram?” Brahmā ficou surpreso de que seu poder místico tivesse sido frustrado. Sem tocar nas vacas e vaqueirinhos originais mantidos por Brahmā, Kṛṣṇa criou outro conjunto de bezerros e meninos, que eram todos expansões de viṣṇu-tattva. Assim, o poder místico de Brahmā foi suplantado.