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VERSO 12

utkṣepaṇaṁ garbha-gatasya pādayoḥ
kiṁ kalpate mātur adhokṣajāgase
kim asti-nāsti-vyapadeśa-bhūṣitaṁ
tavāsti kukṣeḥ kiyad apy anantaḥ

utkṣepaṇam — o chutar; garbha-gatasya — de uma criança no ventre; pādayoḥ — das pernas; kim — o que; kalpate — significa; mātuḥ — para a mãe; adhokṣaja — ó Senhor transcendental; āgase — como uma ofen­sa; kim — o que; asti — existe; na asti — não existe; vyapadeśa — pelas designações; bhūṣitam — decorado; tava — Vosso; asti — há; kukṣeḥ — do abdômen; kiyat — quanto; api — mesmo; anantaḥ — externo.

Ó Senhor Adhokṣaja, uma mãe fica ofendida quando a criança em seu ventre a chuta com suas pernas? E há algo na existên­cia – quer seja designado pelos vários filósofos como real ou irreal – que esteja, na verdade, fora de Vosso abdômen?

SIGNIFICADO—Śrīla Prabhupāda tece o seguinte comentário sobre este verso em Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus, capítulo quatorze: “O senhor Brahmā, portanto, comparou-se a um bebê dentro do ventre de sua mãe. Se o filho dentro do ventre, ao brincar com suas mãos e pernas, toca no corpo da mãe, esta se ofende com ele? É óbvio que não. Analogamente, o senhor Brahmā pode ser uma personalidade muito eminente, ainda assim, Brahmā, bem como tudo o que existe, encontra-se dentro do ventre da Suprema Personalidade de Deus. A energia do Senhor é onipenetrante; não há lugar na criação em que ela não atue. Tudo existe dentro dos limites da energia do Senhor; logo, o Brahmā deste universo ou os Brahmās de muitos outros milhões e trilhões de universos existem dentro dos limites da energia do Senhor. Portanto, considera-se que o Senhor é a mãe, e tudo o que existe dentro do ventre da mãe é como o filho. E a boa mãe nunca se ofende com o bebê, mesmo que este dê pontapés em seu ventre.”

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