VERSO 20
sureṣv ṛṣiṣv īśa tathaiva nṛṣv api
tiryakṣu yādaḥsv api te ’janasya
janmāsatāṁ durmada-nigrahāya
prabho vidhātaḥ sad-anugrahāya ca
sureṣu — entre os semideuses; ṛṣiṣu — entre os grandes sábios; īśa — ó Senhor; tathā — bem como; eva — de fato; nṛṣu — entre os seres humanos; api — e; tiryakṣu — entre os animais; yādaḥsu — entre os seres aquáticos; api — também; te — de Vós; ajanasya — que nunca aceita um nascimento material; janma — o nascimento; asatām — dos não-devotos; durmada — o falso orgulho; nigrahāya — com a finalidade de subjugar; prabho — ó amo; vidhātaḥ — ó criador; sat — aos devotos que têm fé; anugrahāya — com a finalidade de conceder misericórdia; ca — e.
Ó Senhor, ó supremo criador e amo, não tendes nascimento material, mas, para derrotar o falso orgulho dos demônios incrédulos e conceder misericórdia a Vossos devotos santos, nasceis entre os semideuses, sábios, seres humanos, animais e até seres aquáticos.
SIGNIFICADO—Entre os semideuses, o Senhor Kṛṣṇa aparece em formas tais como a de Vāmanadeva; entre os sábios, como Paraśurāma; entre os seres humanos, como o próprio Senhor Kṛṣṇa e como o Senhor Rāmacandra, e entre os animais, como a encarnação de javali. O Senhor Kṛṣṇa aparece entre os seres aquáticos como Matsya, o peixe gigantesco. Na realidade, as expansões plenárias da Suprema Personalidade de Deus são inumeráveis, visto que o Senhor desce incessantemente aos universos para esmagar o falso orgulho dos ateístas e conceder misericórdia aos devotos santos.
Em outro sentido, o Senhor nunca aparece, pois Ele existe eternamente. Seu aparecimento é como o aparecimento do Sol, que está sempre presente no céu, mas periodicamente aparece à nossa visão.