VERSO 21
rāma rāma mahā-bāho
kṛṣṇa duṣṭa-nibarhaṇa
ito ’vidūre su-mahad
vanaṁ tālāli-saṅkulam
rāma rāma — ó Rāma; mahā-bāho — ó pessoa de braços poderosos; kṛṣṇa — ó Kṛṣṇa; duṣṭa-nibarhaṇa — ó exterminador dos canalhas; itaḥ — daqui; avidūre — não muito longe; su-mahat — muito extensa; vanam — uma floresta; tāla-āli — de fileiras de palmeiras; saṅkulam — cheia.
[Os vaqueirinhos disseram:] Ó Rāma, Rāma de braços poderosos! Ó Kṛṣṇa, destruidor dos canalhas! Não longe daqui, há uma enorme floresta cheia de bosques de palmeiras.
SIGNIFICADO—Como se afirma no Śrī Varāha Purāṇa:
asti govardhanaṁ nāma
kṣetraṁ parama-durlabham
mathurā-paścime bhāge
adūrād yojana-dvayam
“Não longe do lado ocidental de Mathurā, à distância de dois yojanas [vinte e seis quilômetros], fica o lugar santo chamado Govardhana, que é muito difícil de alcançar.” Também se diz no Varāha Purāṇa:
asti tāla-vanaṁ nāma
dhenakāsura-rakṣitam
mathurā-paścime bhāge
adūrād eka-yojanam
“Não longe do lado ocidental de Mathurā, a um yojana [treze quilômetros], fica a floresta conhecida como Tālavana, que era guardada por Dhenukāsura.” Parece, portanto, que a floresta de Tālavana está localizada no meio do caminho entre Mathurā e a colina Govardhana. O Śrī Hari-vaṁśa descreve assim a floresta de Tālavana:
sa tu deśaḥ samaḥ snigdhaḥ
su-mahān kṛṣṇa-mṛttikaḥ
darbha-prāyaḥ sthulī-bhūto
loṣṭra-pāṣāṇa-varjitaḥ
“A terra ali é plana, lisa e muito extensa. O solo é preto, densamente coberto de grama darbha, sem pedras nem seixos.”