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VERSO 38

phala-prakara-saṅkīrṇaṁ
daitya-dehair gatāsubhiḥ
rarāja bhūḥ sa-tālāgrair
ghanair iva nabhas-talam

phala-prakara — com pilhas de frutas; saṅkīrṇam — coberta; daitya­-dehaiḥ — com os corpos dos demônios; gata-asubhiḥ — que estavam sem vida; rarāja — brilhava; bhūḥ — a terra; sa-tāla-agraiḥ — com os topos das palmeiras; ghanaiḥ — com nuvens; iva — como; nabhaḥ­-tālam — o céu.

Coberta com pilhas de frutas e com os cadáveres dos demônios, que estavam enroscados nos topos partidos das palmeiras, a terra parecia muito bela. De fato, a terra brilhava como o céu adornado de nuvens.

SIGNIFICADO—Segundo Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura, os corpos dos demônios eram escuros, como escuras nuvens azuladas, e a grande quan­tidade de sangue que escorrera de seus corpos pareciam brilhantes nuvens vermelhas. Desse modo, toda a cena era muito bela. A Supre­ma Personalidade de Deus em Suas várias formas, tais como Rāma e Kṛṣṇa, é sempre transcendental, e quando Ele encena Seus passatempos transcendentais, o resultado é sempre belo e transcendental, mesmo quando o Senhor pratica atos violentos como a matança dos teimosos demônios asnos.

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