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VERSO 27

nirīkṣya tad-vapur alam ambare carat
pradīpta-dṛg bhru-kuṭi-taṭogra-daṁṣṭrakam
jvalac-chikhaṁ kaṭaka-kirīṭa-kuṇḍala-
tviṣādbhutaṁ haladhara īṣad atrasat

nirīkṣya — vendo; tat — de Pralambāsura; vapuḥ — o corpo; alam — rapidamente; ambare — no céu; carat — movendo-se; pradīpta — reluzentes; dṛk — seus olhos; bhru-kuṭi — de seu franzir de sobrancelhas; taṭa — na margem; ugra — terríveis; daṁṣṭrakam — seus dentes; jva­lat — de fogo; śikham — cabelo; kaṭaka — de seus braceletes; kirīṭa — coroa; kuṇḍala — e brincos; tviṣā — pela refulgência; adbhutam — es­pantosa; hala-dharaḥ — o Senhor Balarāma, o carregador do arado que serve de arma; īṣat — um pouco; atrasat — ficou assustado.

Quando o Senhor Balarāma, o carregador do arado que serve de arma, viu o corpo gigantesco do demônio que se movia rapi­damente no céu – com seus olhos reluzentes, cabelo cor de fogo, dentes terríveis que alcançavam suas sobrancelhas franzidas e uma espantosa refulgência gerada por seus braceletes, coroa e brincos –, o Senhor pareceu ficar um pouco assustado.

SIGNIFICADOŚrīla Sanātana Gosvāmī explica o aparente medo do Senhor Bala­deva da seguinte maneira: Balarāma estava por brincadeira fazendo o papel de um vaqueirinho comum e, para manter o clima desse pas­satempo, Ele pareceu um pouco perturbado com aquele horrível corpo demoníaco. Além disso, porque o demônio aparecera como um vaqueirinho amigo de Kṛṣṇa e porque Kṛṣṇa o aceitara como amigo, Baladeva estava levemente apreensivo em matá-lo. Balarāma também poderia estar preocupado pelo fato de que, como esse vaqueirinho era na verdade um demônio disfarçado, naquele mesmo momento outro demônio desses poderia estar atacando o próprio Senhor Kṛṣṇa. Assim, o onisciente e onipotente Supremo Senhor Balarāma exibiu o passatempo de ficar levemente nervoso na presença do aterrador demônio Pralamba.

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