VERSO 14
sandiṣṭaivaṁ bhagavatā
tathety om iti tad-vacaḥ
pratigṛhya parikramya
gāṁ gatā tat tathākarot
sandiṣṭā — tendo sido ordenada; evam — assim; bhagavatā — pela Suprema Personalidade de Deus; tathā iti — que seja assim; om — afirmação através do mantra oṁ; iti — assim; tat-vacaḥ — Suas palavras; pratigṛhya — aceitando a ordem; parikramya — após circungirá-lO; gām — à superfície do globo; gatā — ela foi imediatamente; tat — a ordem, como foi dada pela Suprema Personalidade de Deus; tathā — exatamente assim; akarot — executou.
Tendo recebido estas instruções da Suprema Personalidade de Deus, Yogamāyā imediatamente concordou. Proferindo o mantra védico oṁ, ela confirmou que cumpriria o pedido dEle. Tendo então aceito a ordem da Suprema Personalidade de Deus, ela O circundou e partiu rumo ao lugar da Terra conhecido como Nanda-gokula. Ali, fez tudo que lhe fora instruído.
SIGNIFICADO—Após receber as ordens da Suprema Personalidade de Deus, Yogamāyā confirmou duas vezes que as aceitaria, dizendo: “Sim, Senhor, cumprirei Vossa ordem”, e depois falando oṁ. Śrīla Viśvanātha Cakravartī Ṭhākura comenta que o oṁ significa uma confirmação védica. Assim, Yogamāyā recebeu muito fielmente a ordem do Senhor como um preceito védico. O fato é que tudo o que a Suprema Personalidade de Deus fala caracteriza-se como sendo um preceito védico, o que, portanto, não pode ser negligenciado por ninguém. Nos preceitos védicos, não há erros, ilusões, enganos ou imperfeições. A menos que alguém compreenda a autoridade da versão védica, não há valor em ele citar o śāstra. Ninguém deve violar os preceitos védicos. Em vez disso, todos devem executar estritamente as ordens dadas nos Vedas. Como se afirma na Bhagavad-gītā (16.24):
tasmāc chāstraṁ pramāṇaṁ te
kāryākārya-vyavasthitau
jñātvā śāstra-vidhānoktaṁ
karma kartum ihārhasi
“É através das normas dadas nas escrituras que se deve entender o que é dever e o que não é dever. Conhecendo essas regras e regulações, todos devem agir de modo a elevarem-se gradualmente.”