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VERSO 21

pītvāpaḥ pādapāḥ padbhir
āsan nānātma-mūrtayaḥ
prāk kṣāmās tapasā śrāntā
yathā kāmānusevayā

pītvā — tendo bebido; āpaḥ — água; pāda-pāḥ — as árvores; padbhiḥ — com seus pés; āsan — assumiram; nānā — várias; ātma-mūrtayaḥ — características corporais; prāk — anteriormente; kṣāmāḥ — emagrecidos; tapasā — pelas austeridades; śrāntāḥ — fatigados; yathā — como; kāma-­anusevayā — por desfrutar de objetos adquiridos.

As árvores tinham emagrecido e secado, mas, depois de beber, através dos pés, a água da chuva recém-caída, seus vários aspec­tos corporais floresceram. Da mesma maneira, alguém cujo corpo emagreceu e debilitou-se devido à austeridade volta a exibir suas saudáveis características corporais ao desfrutar dos objetos mate­riais conquistados mediante tal austeridade.

SIGNIFICADOA palavra pāda quer dizer pé, e significa beber. As árvores são chama­das pādapa porque bebem através das raízes, que se comparam a pés. Ao beberem a água da chuva recém-caída, as árvores em Vṛndāvana começaram a manifestar novas folhas, brotos e botões, e assim des­frutaram um novo crescimento. De modo semelhante, os materialistas muitas vezes realizam severas austeridades para adquirir o objeto de seu desejo. Por exemplo, os políticos costumam submeter-se a exte­nuantes austeridades enquanto viajam pelo interior do país fazendo campanha para a eleição. Homens de negócios também muitas vezes renunciam ao conforto pessoal para tornar próspero o seu negócio. Essas pessoas austeras, ao conseguirem os frutos de sua austerida­de, voltam a ficar saudáveis e satisfeitas, como as árvores que bebem avidamente a água da chuva depois de suportar um verão seco e quente.

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