VERSO 8
dīkṣāyāḥ paśu-saṁsthāyāḥ
sautrāmaṇyāś ca sattamāḥ
anyatra dīkṣitasyāpi
nānnam aśnan hi duṣyati
dīkṣāyāḥ — começando com a iniciação para o sacrifício; paśu-saṁsthāyāḥ — até sacrificar o animal; sautrāmaṇyāḥ — fora do sacrifício chamado Sautrāmaṇi; ca — e; sat-tamāḥ — ó puríssimos; anyatra — em outro lugar; dīkṣitasya — de alguém que foi iniciado para o sacrifício; api — mesmo; na — não; annam — alimento; aśnan — comendo; hi — de fato; duṣyati — cria uma ofensa.
Exceto durante o intervalo entre a iniciação do executor do sacrifício e o efetivo sacrifício do animal, ó puríssimos brāhmaṇas, não é contaminante nem mesmo para o iniciado partilhar alimento, pelo menos em um sacrifício que não é o Sautrāmaṇi.
SIGNIFICADO—Os vaqueirinhos anteciparam a possível objeção dos brāhmaṇas de que estes não poderiam doar alimento algum aos meninos porque eles mesmos ainda não haviam comido e de que um sacerdote iniciado para oficiar um sacrifício não deve comer. Portanto, os meninos humildemente informaram aos brāhmaṇas sobre vários pontos técnicos do sacrifício ritualístico. Os vaqueirinhos não desconheciam as formalidades da cultura védica, mas sua verdadeira intenção era apenas prestar serviço amoroso ao Senhor Kṛṣṇa.