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VERSO 25

duḥśīlo durbhago vṛddho
jaḍo rogy adhano ’pi vā
patiḥ strībhir na hātavyo
lokepsubhir apātakī

duḥśīlaḥ — de mau caráter; durbhagaḥ — desventurado; vṛddhaḥ — velho; jaḍaḥ — retardado; rogī — doente; adhanaḥ — pobre; api vā — mesmo; patiḥ — o esposo; strībhiḥ — pelas mulheres; na hātavyaḥ — não deve ser rejeitado; loka — um bom destino na próxima vida; īpsu­bhiḥ — que desejam; apātakī — (se ele) não é caído.

As mulheres que desejam um bom destino na próxima vida jamais devem abandonar um esposo que não caiu de seus padrões religiosos, ainda que ele seja desagradável, desventurado, velho, ininteligente, doente ou pobre.

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī cita uma declaração semelhante do smṛti-śāstra, patim tv apatitaṁ bhajet: “Deve-se servir a um mestre que não seja caído.” Às vezes, apresenta-se o tolo argumento de que mesmo que um marido caia dos princípios espirituais, sua esposa deve continuar a segui-lo, pois ele é seu “guru”. De fato, visto que a consciência de Kṛṣṇa não pode sujeitar-se a nenhum outro princípio religioso, um guru que ocupa seu seguidor em atividades materialis­tas, pecaminosas, perde sua posição de guru. Śrīla Prabhupāda declarou que o sistema monárquico desmoronou na Europa porque os monarcas abusaram de sua posição e a exploraram. Analogamente, no mundo ocidental, os homens abusaram das mulheres e as explo­raram, e agora existe um movimento popular em que as mulheres rejeitam a autoridade de seus maridos. De forma ideal, os homens devem ser firmes na vida espiritual e dar orientação pura e sincera às mulheres que estão sob seu cuidado.

As gopīs, é claro, estando na plataforma máxima de perfeição espiritual, eram transcendentais a todas as considerações religiosas positivas e negativas. Em outras palavras, elas eram as amantes eternas da Verdade Absoluta.

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