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VERSO 34

cittaṁ sukhena bhavatāpahṛtaṁ gṛheṣu
yan nirviśaty uta karāv api gṛhya-kṛtye
pādau padaṁ na calatas tava pāda-mūlād
yāmaḥ kathaṁ vrajam atho karavāma kiṁ vā

cittam — nossas mentes; sukhena — facilmente; bhavatā — por Ti; apahṛtam — foram roubadas; gṛheṣu — em nossas casas; yat — que; nirviśati — estavam absortas; uta — além disso; karau — nossas mãos; api — bem como; gṛhya-kṛtye — no serviço doméstico; pādau — nossos pés; padam — um passo; na calataḥ — não se mexem; tava — Teus; pāda-mūlāt — longe dos pés; yāmaḥ — iremos; katham — como; vrajam — de volta a Vraja; atha u — e então; karavāma — faremos; kim — o que; — além disso.

Até hoje, nossas mentes estavam absortas em assuntos familia­res, mas, com muita facilidade, roubaste nossas mentes e nossas mãos desse serviço doméstico. Agora, nossos pés não se afastarão um passo de Teus pés de lótus. Como podemos voltar para Vraja? O que faríamos lá?

SIGNIFICADO—Śrī Kṛṣṇa tocara Sua flauta, e a música inebriante que saíra de seus orifícios roubara as mentes das jovens gopīs. Agora, elas tinham vindo ver Kṛṣṇa para exigir a devolução de sua propriedade roubada, mas só poderiam readquirir suas mentes caso Śrī Kṛṣṇa as aceitasse e Se ocupasse com elas em aventuras conjugais.

Śrī Kṛṣṇa talvez tenha respondido: “Mas, Minhas queridas gopīs, por ora ide para casa. Deixai-Me considerar a situação por um ou dois dias, após o que Eu devolverei vossas mentes.” Em resposta a esse possível argumento, as gopīs dizem: “Nossos pés se recusam a dar sequer um passo. Portanto, devolve nossas mentes e aceita-nos. Depois disso, nós partiremos.”

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