VERSO 9
tava kathāmṛtaṁ tapta-jīvanaṁ
kavibhir īḍitaṁ kalmaṣāpaham
śravaṇa-maṅgalaṁ śrīmad ātataṁ
bhuvi gṛṇanti ye bhūri-dā janāḥ
tava — Tuas; kathā-amṛtam — o néctar das palavras; tapta-jīvanam — a vida para aqueles que estão aflitos no mundo material; kavibhiḥ — por grandes pensadores; īḍitam — descrito; kalmaṣa-apaham — aquilo que afasta as reações pecaminosas; śravaṇa-maṅgalam — dando benefício espiritual quando ouvido; śrīmat — cheio de poder espiritual; ātatam — difundido por todo o mundo; bhuvi — no mundo material; gṛṇanti — cantam e propagam; ye — aqueles que; bhūri-dāḥ — as mais beneficentes; janāḥ — pessoas.
O néctar de Tuas palavras e as descrições de Tuas atividades são a vida e alma daqueles que sofrem neste mundo material. Estas narrações, transmitidas por sábios eruditos, erradicam as reações pecaminosas e concedem boa fortuna a quem quer que as ouça. Estas narrações difundem-se por todo o mundo e são cheias de poder espiritual. Aqueles que propagam a mensagem de Deus decerto são as pessoas mais munificentes.
SIGNIFICADO—O rei Pratāparudra recitou este verso para Śrī Caitanya Mahāprabhu durante o festival de Ratha-yātrā do Senhor Jagannātha. Enquanto o Senhor descansava em um jardim, o rei Pratāparudra entrou humildemente ali e começou a massagear Suas pernas e pés de lótus. O rei, então, recitou o trigésimo primeiro capítulo do décimo canto do Śrīmad-Bhāgavatam: as canções das gopīs. O Caitanya-caritāmṛta relata que, ao ouvir esse verso, que começa com tava kathāmṛtam, o Senhor Caitanya levantou-Se de imediato em amor extático e abraçou o rei Pratāparudra. O incidente é descrito com detalhes no Caitanya-caritāmṛta (Madhya 14.4-18), e, em sua edição, Śrīla Prabhupāda fez um extenso comentário sobre ele.