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VERSOS 18-19

maṇi-dharaḥ kvacid āgaṇayan gā
mālayā dayita-gandha-tulasyāḥ
praṇayino ’nucarasya kadāṁse
prakṣipan bhujam agāyata yatra

kvaṇita-veṇu-rava-vañcita-cittāḥ
kṛṣṇam anvasata kṛṣṇa-gṛhiṇyaḥ
guṇa-gaṇārṇam anugatya hariṇyo
gopikā iva vimukta-gṛhāśāḥ

maṇi — (um cordão de) pedras preciosas; dharaḥ — segurando; kva­cit — em algum lugar; āgaṇayan — contando; gāḥ — as vacas; mālayā — com uma guirlanda de flores; dayita — de Sua amada; gandha — tendo a fragrância; tulasyāḥ — as flores de tulasī sobre a qual; praṇayi­naḥ — amoroso; anucarasya — de um companheiro; kadā — em alguma ocasião; aṁse — no ombro; prakṣipan — lançando; bhujam — o braço; agāyata — Ele cantava; yatra — quando; kvaṇita — vibrado; veṇu — de Sua flauta; rava — pelo som; vañcita — roubados; cittāḥ — seus corações; kṛṣṇam — de Kṛṣṇa; anvasata — elas se sentavam ao lado; kṛṣṇa — do veado negro; gṛhiṇyaḥ — as esposas; guṇa-gaṇa — de todas as qualidades transcendentais; arṇam — o oceano; anugatya — aproximando-se; hariṇyaḥ — as corças; gopikāḥ — as gopīs; iva — exatamente como; vimukta — tendo abandonado; gṛha — de lar e família; āśāḥ­ — suas esperanças.

Agora Kṛṣṇa Se encontra em algum lugar contando Suas vacas em um cordão de pedras preciosas. Ele usa uma guirlanda de flores de tulasī, que tem a fragrância de Sua amada, e passou o braço sobre o ombro de um afetuoso amigo vaqueirinho. Quando Kṛṣṇa toca Sua flauta e canta, a música atrai as esposas do veado negro, que se aproximam daquele oceano de qualidades transcenden­tais e sentam-se ao lado dEle. Assim como nós, vaqueirinhas, elas abandonaram toda a esperança de obter felicidade na vida familiar.

SIGNIFICADO—Śrīla Jīva Gosvāmī explica que, à tarde, Śrī Kṛṣṇa vestia uma roupa nova e, então, saía para chamar as vacas de volta para casa. Śrīla Viśvanātha Cakravartī apresenta a seguinte informação sobre as vacas transcendentais de Vṛndāvana: “Para cada uma das quatro cores de vacas – branca, vermelha, preta e amarela –, há vinte e cinco subdivisões, perfazendo um total de cem cores. E qualidades tais como ser colo­rida como tilaka de polpa de sândalo [malhada] ou ter a cabeça em forma de um tambor mṛdaṅga criam mais oito grupos. Para contar estes cento e oito grupos de vacas, distintos por cor e forma, Kṛṣṇa usa um cordão de cento e oito contas de pedras preciosas...

“Assim, quando Kṛṣṇa chama: ‘Ei Dhavalī [o nome de uma vaca branca]’, todo o grupo de vacas brancas se adianta, e quando Ele chama: ‘Haṁsī, Candanī, Gaṅgā, Muktā’ etc., os outros vinte e quatro grupos de vacas brancas vêm. As vacas avermelhadas chamam-­se Aruṇī, Kuṅkuma, Sarasvatī etc.; as pretas, Śyāmalā, Dhūmalā, Yamunā etc., e as amarelas, Pītā, Piṅgalā, Haritālikā etc. Aquelas que estão no grupo com marcas de tilaka na testa chamam-se Citritā, Citra-tilakā, Dīrgha-tilakā e Tiryak-tilakā, e há grupos conhecidos como Mṛdaṅga-mukhī [cabeça de mṛdaṅga], Siṁha-mukhī [cabeça de leão] e assim por diante.

“Então, ao serem chamadas pelo nome, as vacas adiantam-se, e Kṛṣṇa, pensando que, na hora de trazê-las de volta da floresta, não deve se esquecer de nenhuma, está a contá-las em Suas contas de pedras preciosas.”

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