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VERSOS 6-7

barhiṇa-stabaka-dhātu-palāśair
baddha-malla-paribarha-viḍambaḥ
karhicit sa-bala āli sa gopair
gāḥ samāhvayati yatra mukundaḥ

tarhi bhagna-gatayaḥ sarito vai
tat-padāmbuja-rajo ’nila-nītam
spṛhayatīr vayam ivābahu-puṇyāḥ
prema-vepita-bhujāḥ stimitāpaḥ

barhiṇa — de pavões; stabaka — com as penas da cauda; dhātu — com minerais coloridos; palāśaiḥ — e com folhas; baddha — arruma­do; malla — de um lutador; paribarha — o traje; viambaḥ — imitando; karhicit — às vezes; sa-balaḥ — com Balarāma; āli — minha querida gopī; saḥ — Ele; gopaiḥ — com os vaqueirinhos; gāḥ — as vacas; samāhvayati — chama; yatra — quando; mukundaḥ — o Senhor Mukunda; tarhi — então; bhagna — quebrados; gatayaḥ — seus movimentos; sa­ritaḥ — os rios; vai — de fato; tat — dEle; pada-ambuja — dos pés de lótus; rajaḥ — a poeira; anila — pelo vento; nītam — levado; spṛhaya­tīḥ — anelando; vayam — nós; iva — como; abahu — pouca; puṇyāḥ — a piedade a cujo crédito; prema — devido ao amor por Deus; vepita — tremendo; bhujāḥ — cujos braços (ondas); stimita — detida; āpaḥ — cuja água.

Minha querida gopī, às vezes Mukunda imita a aparência de um lutador, enfeitando-Se com folhas, penas de pavão e minerais coloridos. Então, em companhia de Balarāma e dos vaqueirinhos, Ele toca Sua flauta para chamar as vacas. Nesse momen­to, os rios param de fluir, e suas águas, aturdidas pelo êxtase que sentem, esperam avidamente que o vento lhes traga a poeira de Seus pés de lótus. Mas como nós, os rios não são muito piedosos e, devido a isso, apenam aguardam com os braços trêmulos de amor.

SIGNIFICADO—As gopīs afirmam nesta passagem que o som da flauta de Kṛṣṇa faz até os objetos inanimados, como os rios, ficarem conscientes e, depois, aturdidos de êxtase. Assim como as gopīs nem sempre podiam estar em associação física com Kṛṣṇa, os rios não podiam chegar aos pés de lótus do Senhor. Embora desejassem o Senhor, seu movimen­to era impedido pelo êxtase, e seus “braços”, as ondas, tremiam de amor por Deus.

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