VERSO 13
iti prabhāṣya taṁ devī
māyā bhagavatī bhuvi
bahu-nāma-niketeṣu
bahu-nāmā babhūva ha
iti — dessa maneira; prabhāṣya — dirigindo-se; tam — a Kaṁsa; devī — a deusa Durgā; māyā — Yogamāyā; bhagavatī — possuindo um poder imenso, como o da Suprema Personalidade de Deus; bhuvi — na superfície da Terra; bahu-nāma — de diferentes nomes; niketeṣu — em diferentes lugares; bahu-nāmā — diferentes nomes; babhūva — tornou-se; ha — na verdade.
Após dirigir a Kaṁsa essas palavras, a deusa Durgā, Yogamāyā, apareceu em diferentes lugares, tais como Vārāṇasī, e tornou-se conhecida por diferentes nomes, como Annapūrṇā, Durgā, Kālī e Bhadrā.
SIGNIFICADO—A deusa Durgā é célebre em Calcutá como Kālī; em Bombaim, como Mumbādevī; em Varāṇasī, como Annapūrṇā; em Cuttack, como Bhadrakālī, e em Ahmedabad, como Bhadrā. Assim, em diferentes lugares, ela é conhecida por diferentes nomes. Seus devotos são conhecidos como śāktas, ou adoradores da energia da Suprema Personalidade de Deus, ao passo que os adoradores da própria Suprema Personalidade de Deus chamam-se vaiṣṇavas. Os vaiṣṇavas estão destinados a retornar ao lar, a retornar ao Supremo, ao mundo espiritual, ao passo que os śāktas estão destinados a viver dentro deste mundo material para desfrutarem de diferentes classes de felicidade material. No mundo material, a entidade viva deve aceitar diferentes espécies de corpos. Bhrāmayan sarva-bhūtāni yantrārūḍhāni māyayā. (Bhagavad-gītā 15.61) De acordo com o desejo da entidade viva, Yogamāyā, ou Māyā, a deusa Durgā, confere-lhe um determinado tipo de corpo, que é definido como yantra, uma máquina. Mas as entidades vivas que são promovidas ao mundo espiritual não retornam à prisão do corpo material (tyaktvā dehaṁ punar janma naiti mām eti so ’rjuna). As palavras janma na eti indicam que essas entidades vivas permanecem em seus corpos espirituais originais para desfrutar da companhia da Suprema Personalidade de Deus em Vaikuṇṭha e Vṛndāvana, as moradas transcendentais.