VERSO 24
gopyo mukunda-vigame virahāturā yā
āśāsatāśiṣa ṛtā madhu-pury abhūvan
sampaśyatāṁ puruṣa-bhūṣaṇa-gātra-lakṣmīṁ
hitvetarān nu bhajataś cakame ’yanaṁ śrīḥ
gopyaḥ — as gopīs; mukunda-vigame — quando o Senhor Mukunda estava partindo; viraha — por sentimentos de separação; āturāḥ — atormentadas; yāḥ — que; āśāsata — tinham dito; āśiṣaḥ — as bênçãos; ṛtāḥ — verdadeiras; madhu-puri — em Mathurā; abhūvan — tornaram-se; sampaśyatām — para os que estão vendo por completo; puruṣa — de homens; bhūṣaṇa — do ornamento; gātra — de Seu corpo; lakṣmīm — a beleza; hitvā — abandonando; itarān — outros; nu — de fato; bhajataḥ — que a estavam adorando; cakame — desejado; ayanam — abrigo; śrīḥ — a deusa da fortuna.
Na ocasião em que Mukunda [Kṛṣṇa] partiu de Vṛndāvana, as gopīs predisseram que os residentes de Mathurā desfrutariam muitas bênçãos, e agora as predições das gopīs se realizavam, pois aqueles residentes estavam contemplando a beleza de Kṛṣṇa, a joia entre os homens. De fato, a deusa da fortuna desejou tanto o abrigo daquela beleza que abandonou muitos outros homens, embora eles a adorassem.