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VERSO 3

sairandhry uvāca
dāsy asmy ahaṁ sundara kaṁsa-sammatā
trivakra-nāmā hy anulepa-karmaṇi
mad-bhāvitaṁ bhoja-pater ati-priyaṁ
vinā yuvāṁ ko ’nyatamas tad arhati

sairandhrī uvāca — a serva disse; dāsī — uma serva; asmi — sou; aham — eu; sundara — ó bela pessoa; kasa — por Kaṁsa; sammatā — respeitada; trivakra-nāmā — chamada Trivakrā (“curvada em três lugares”); hi — de fato; anulepa — com bálsamos; karmai — por meu trabalho; mat — por mim; bhāvitam — preparados; bhoja-pate — pelo líder dos Bhojas; ati-priyam — muito apreciados; vinā — exceto; yuvām — Vós dois; ka — quem; anyatama — senão; tat — isto; arhati — merece.

A serva respondeu: Ó belo rapaz, sou serva do rei Kaṁsa, que me tem em alta estima pelos bálsamos que fabrico. Meu nome é Trivakrā. Quem, senão Vós dois, merece meus bálsamos, que o senhor dos Bhojas tanto aprecia?

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī explica que Trivakrā, que também é conhecida como Kubjā, usou o vocativo singular, sundara, “ó belo”, para insinuar que sentia desejo conjugal por Kṛṣṇa apenas, e usou a forma dual, yuvām, “para Vós ambos”, para tentar esconder seu sentimento conjugal. O nome da corcunda, Trivakrā, indica que seu corpo era curvado no pescoço, no peito e na cintura.

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