VERSO 46
udgāyatīnām aravinda-locanaṁ
vrajāṅganānāṁ divam aspṛśad dhvaniḥ
dadhnaś ca nirmanthana-śabda-miśrito
nirasyate yena diśām amaṅgalam
udgāyatīnām — que cantavam bem alto; aravinda — como flores de lótus; locanam — (sobre o Senhor) cujos olhos; vraja-aṅganānām — das mulheres de Vraja; divam — o céu; aspṛśat — tocava; dhvaniḥ — a reverberação; dadhnaḥ — das coalhadas; ca — e; nirmanthana — da batedura; śabda — com o som; miśritaḥ — misturada; nirasyate — é dissipada; yena — pela qual; diśām — de todas as direções; amaṅgalam — a inauspiciosidade.
Enquanto as senhoras de Vraja cantavam em voz alta as glórias do Senhor Kṛṣṇa de olhos de lótus, seus cânticos, misturados com o som da batedura, subiam aos céus e dissipavam toda a inauspiciosidade em todas as direções.
SIGNIFICADO—As gopīs estavam absortas em pensar em Kṛṣṇa e, dessa maneira, sentiam Sua presença. Por isso, elas podiam cantar com alegria.