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VERSO 57

dṛṣṭvaivam-ādi gopīnāṁ
kṛṣṇāveśātma-viklavam
uddhavaḥ parama-prītas
tā namasyann idaṁ jagau

dṛṣṭ — vendo; evam — tal; ādi — e mais; gopīnām — das gopīs; kṛṣṇa-āveśa — sua total absorção em pensar em Kṛṣṇa; ātma — que consistia em; viklavam — a agitação mental; uddhava — Uddhava; parama — sumamente; prīta — satisfeito; — para elas; namasyan — oferecendo todo o respeito; idam — isto; jagau — cantou.

Vendo, então, como as gopīs estavam sempre perturbadas por causa de sua total absorção em Kṛṣṇa, Uddhava ficou sumamen­te satisfeito. Desejando oferecer-lhes todo o respeito, ele cantou a seguinte canção.

SIGNIFICADO—Viklava, “perturbação mental”, aqui não deve ser confundida com a aflição material costumeira. Fica bem claro que Uddhava estava sumamente satisfeito, e sentia isso porque via que as gopīs haviam atingido o estado mais elevado de êxtase amoroso. Uddhava era um insigne membro da corte de Dvārakā, importante ministro nos assun­tos políticos mundanos; ainda assim, no entanto, ele sentiu o ímpeto espiri­tual de oferecer reverências às gloriosas gopīs, embora, externamente, estas fossem meras vaqueirinhas de uma vila insignificante chamada Vṛndāvana. Então, para expressar seus sentimentos, ele cantou os seguintes versos. Śrīla Jīva Gosvāmī diz que Uddhava cantava estes versos diariamente enquanto estava em Vṛndāvana.

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