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VERSO 61

āsām aho caraṇa-reṇu-juṣām ahaṁ syāṁ
vṛndāvane kim api gulma-latauṣadhīnām
yā dustyajaṁ sva-janam ārya-pathaṁ ca hitvā
bhejur mukunda-padavīṁ śrutibhir vimṛgyām

āsam — das gopīs; aho — oh!; caraa-reu — a poeira dos pés de lótus; juām — dedicado a; aham syām — que eu me torne; vndāva­ne — em Vṛndāvana; kim api — qualquer um; gulma-latā-oadhīnām — dentre os arbustos, trepadeiras e ervas; — que; dustyajam — muito difícil de abandonar; sva-janam — membros familiares; ārya-patham — o caminho da castidade; ca — e; hitvā — abandonando; bheju — adoraram; mukunda-padavīm — os pés de lótus de Mukunda, Kṛṣṇa; śru­tibhi — mediante os Vedas; vimgyām — para se buscar por.

As gopīs de Vṛndāvana abandonaram a companhia de seus maridos, filhos e outros membros familiares, que são muito difí­ceis de abandonar, e renegaram o caminho da castidade só para refugiar-se aos pés de lótus de Mukunda, Kṛṣṇa, a quem deve­mos buscar valendo-nos do conhecimento védico. Oh! Que eu seja bastante afortunado para tornar-me um dos arbustos, trepadeiras ou ervas de Vṛndāvana, pois as gopīs pisam neles e abençoam-nos com a poeira de seus pés de lótus.

SIGNIFICADO—O significado das palavras e a tradução deste verso são extraídos da tradução do Caitanya-caritāmta (Antya 7.47) de Śrīla Prabhupāda.

Nesta passagem, Śrī Uddhava mostra a perfeita atitude vaiṣṇava de humildade. Ele não ora para ser igual às gopīs em sua elevada plataforma de amor, mas sim para nascer como um arbusto ou trepadei­ra em Vṛndāvana, de modo que, quando elas caminharem sobre ele, Uddhava receba a poeira de seus pés e, deste modo, seja abençoado. As tímidas gopīs jamais concordariam em dar tais bênçãos a uma grande personalidade como Uddhava; este, portanto, foi muito engenhoso e procurou obter tal misericórdia nascendo como uma planta em Vṛndāvana.

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