VERSO 62
yā vai śriyārcitam ajādibhir āpta-kāmair
yogeśvarair api yad ātmani rāsa-goṣṭhyām
kṛṣṇasya tad bhagavataḥ caraṇāravindaṁ
nyastaṁ staneṣu vijahuḥ parirabhya tāpam
yāḥ — as quais (as gopīs); vai — de fato; śriyā — pela deusa da fortuna; arcitam — adorados; aja — pelo não nascido Brahmā; ādibhiḥ — e outros semideuses; āpta-kāmaiḥ — que já realizaram todos os desejos; yoga-īśvaraiḥ — senhores do poder místico; api — ainda que; yat — os quais; ātmani — na mente; rāsa — da dança da rāsa; goṣṭhyām — na reunião; kṛṣṇasya — do Senhor Kṛṣṇa; tat — aqueles; bhagavataḥ — do Senhor Supremo; caraṇa-aravindam — os pés de lótus; nyastam — colocados; staneṣu — em seus seios; vijahuḥ — abandonaram; parirabhya — pelo abraço; tāpam — seu tormento.
A própria deusa da fortuna, bem como o senhor Brahmā e todos os outros semideuses, que são mestres na perfeição ióguica, podem adorar os pés de lótus de Kṛṣṇa apenas em sua mente. Durante a dança da rāsa, no entanto, o Senhor Kṛṣṇa colocou Seus pés sobre os seios destas gopīs e, ao abraçarem aqueles pés, elas abandonaram todo o sofrimento.