VERSO 40
āyodhana-gataṁ vittam
anantaṁ vīra-bhūṣaṇam
yadu-rājāya tat sarvam
āhṛtaṁ prādiśat prabhuḥ
āyodhana-gatam — caídos no campo de batalha; vittam — os objetos de valor; anantam — incontáveis; vīra — dos heróis; bhūṣaṇam — os ornamentos; yadu-rājāya — ao rei dos Yadus, Ugrasena; tat — aquilo; sarvam — tudo; āhṛtam — que foi trazido; prādiśat — presenteou; prabhuḥ — o Senhor.
O Senhor Kṛṣṇa, então, presenteou o rei Yadu com toda a riqueza que caíra no campo de batalha – a saber, os incontáveis ornamentos dos guerreiros mortos.
SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī acrescenta que ornamentos incrustados de pedras preciosas também foram recolhidos dos cavalos e de outros animais. O que se pode acrescentar aqui, para satisfazer a exigência dos melindrosos, é que Jarāsandha foi a Mathurā com a evidente intenção de exterminar até o último homem da cidade, incluindo Kṛṣṇa e Balarāma. É devido à misericórdia imotivada do Senhor que Ele faz com que as almas condicionadas saboreiem seu próprio remédio, ajudando-as, deste modo, a se tornarem mais sensíveis às leis da natureza e à existência de uma Divindade Suprema. Em última análise, Kṛṣṇa concedeu a Jarāsandha e aos outros mortos no campo de batalha a liberação espiritual. O Senhor é estrito, mas não é maldoso. De fato, Ele é um oceano de misericórdia.