VERSO 41
śvo bhāvini tvam ajitodvahane vidarbhān
guptaḥ sametya pṛtanā-patibhiḥ parītaḥ
nirmathya caidya-magadhendra-balaṁ prasahya
māṁ rākṣasena vidhinodvaha vīrya-śulkām
śvaḥ bhāvini — amanhã; tvam — Tu; ajita — ó invencível; udvahane — na hora da cerimônia do casamento; vidarbhān — a Vidarbha; guptaḥ — sem ser visto; sametya — vindo; pṛtanā — de Teu exército; patibhiḥ — pelos líderes; parītaḥ — rodeado; nirmathya — esmagando; caidya — de Caidya, Śiśupāla; magadha-indra — e o rei de Magadha, Jarāsandha; balam — a força militar; prasahya — à força; mām — a mim; rākṣasena vidhinā — no estilo rākṣasa; udvaha — aceita em casamento; vīrya — Tua proeza; śulkām — o pagamento pelo qual.
Ó invencível, amanhã, quando estiver para começar a cerimônia de meu casamento, deves chegar a Vidarbha sem seres visto e cercar-Te dos líderes de Teu exército. Então, esmaga as forças de Caidya e Magadhendra e casa comigo no estilo rākṣasa, ganhando-me com Tua valentia.
SIGNIFICADO—Como Śrīla Prabhupāda ressalta em Kṛṣṇa, a Suprema Personalidade de Deus, Rukmiṇī, por ter nascido em família de sangue real, decerto tinha uma brilhante compreensão dos assuntos políticos. Ela aconselhou Śrī Kṛṣṇa a entrar sozinho e despercebido na cidade e, então, cercar-Se de Seus comandantes militares para que pudesse fazer o que fosse necessário. Śrīla Viśvanātha Cakravartī compara a iminente luta à batedura do oceano feita pelo Senhor para extrair a deusa Lakṣmī. A esplêndida Rukmiṇī, a deusa da fortuna, seria conquistada na turbulência que estava por acontecer.