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VERSO 42

antaḥ-purāntara-carīm anihatya bandhūn
tvām udvahe katham iti pravadāmy upāyam
pūrve-dyur asti mahatī kula-deva-yātrā
yasyāṁ bahir nava-vadhūr girijām upeyāt

anta-pura — dos aposentos das mulheres no palácio; antara — dentro; carīm — movimentando-se; anihatya — sem matar; bandhūn — teus parentes; tvām — a ti; udvahe — raptarei; katham — como; iti — dizendo estas palavras; pravadāmi — explicarei; upāyam — um meio; pūrve-dyu — no dia anterior; asti — há; mahatī — grande; kula — da família real; deva — para a deidade protetora; yātrā — uma procissão cerimonial; yasyām — na qual; bahi — fora; nava — a nova; vadhū — noiva; girijām — da deusa Girijā (Ambikā); upeyāt — aproxima-se.

Visto que estarei dentro dos aposentos internos do palácio, talvez penses: “Como posso raptar-te sem matar algum de teus parentes?” Mas vou dizer-Te uma maneira: No dia anterior ao casamento, há uma grandiosa procissão para honrar a deidade da família real, e, nessa procissão, a nova noiva sai da cidade para visitar a deusa Girijā.

SIGNIFICADO—A sagaz Rukmiṇī antecipou uma possível objeção da parte de Śrī Kṛṣṇa. Ele com certeza não Se oporia a subjugar patifes como Śiśu­pāla e Jarāsandha, mas talvez relutasse em ferir ou matar os parentes de Rukmiṇī, alguns dos quais poderiam bloquear Sua passagem para o recesso do palácio, onde as mulheres ficavam protegidas. A procissão de ida ou de volta do templo de Girijā (Durgā) proporcionaria a oportunidade perfeita para que Kṛṣṇa raptasse Rukmiṇī sem ferir seus parentes.

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