VERSO 34
śrī-śuka uvāca
tayā paritrāsa-vikampitāṅgayā
śucāvaśuṣyan-mukha-ruddha-kaṇṭhayā
kātarya-visraṁsita-hema-mālayā
gṛhīta-pādaḥ karuṇo nyavartata
śrī-śukaḥ uvāca — Śukadeva Gosvāmī disse; tayā — por ela; paritrāsa — em completo medo; vikampita — tremendo; aṅgayā — cujos membros; śucā — por causa da aflição; avaśuṣyat — secando; mukha — cuja boca; ruddha — e sufocada; kaṇṭhayā — cuja garganta; kātarya — em sua agitação; visraṁsita — desalinhado; hema — de ouro; mālayā — cujo colar; gṛhīta — segurou; pādaḥ — Seus pés; karuṇaḥ — compassivo; nyavartata — desistiu.
Śukadeva Gosvāmī disse: O grande temor de Rukmiṇī fez os membros de seu corpo tremer e sua boca secar, e sua garganta ficou embargada de aflição. Em sua agitação, seu colar de ouro desalinhou-se. Ela agarrou os pés de Kṛṣṇa, e o Senhor, sentindo compaixão, desistiu de matá-lo.
SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī cita a “regra mundana” de que a irmã é a personificação da misericórdia: dayāyā bhaginī mūrtiḥ. Ainda que Rukmī fosse perverso e se opusesse ao melhor interesse de sua irmã, Rukmiṇī sentia compaixão por ele, e o Senhor partilhava de sua compaixão.