VERSO 40
kṣatriyāṇām ayaṁ dharmaḥ
prajāpati-vinirmitaḥ
bhrātāpi bhrātaraṁ hanyād
yena ghoratamas tataḥ
kṣatriyāṇām — de guerreiros; ayam — este; dharmaḥ — código de dever sagrado; prajāpati — pelo progenitor original, o senhor Brahmā; vinirmitaḥ — estabelecido; bhrātā — um irmão; api — mesmo; bhrātaram — seu irmão; hanyāt — tem de matar; yena — pelo qual (código); ghora-tamaḥ — muito terrível; tataḥ — portanto.
[Voltando-Se para Rukmiṇī, Balarāma continuou:] O código de dever sagrado dos guerreiros estabelecido pelo senhor Brahmā prescreve que alguém pode ser obrigado a matar o próprio irmão. Esta é de fato uma lei muito medonha.
SIGNIFICADO—O Senhor Balarāma, no interesse da justiça, está apresentando uma análise completa da situação. Embora não se deva matar um parente, há circunstâncias atenuantes segundo os códigos militares. Na Guerra Civil Americana, acontecida em 1860, muitas famílias se dividiram entre o exército do Norte e do Sul, e assim, infelizmente, essa matança fratricida tornou-se um caso comum. Essa matança é, sem dúvida, ghoratama, muito medonha. Mas tal é a natureza do mundo material, onde o dever, a honra e a suposta justiça muitas vezes criam conflitos. Apenas na plataforma espiritual, em consciência de Kṛṣṇa pura, podemos transcender a dor inaceitável da existência material. Rukmī estava enlouquecido devido ao orgulho e inveja e, em virtude disso, não podia entender nada sobre Kṛṣṇa ou a consciência de Kṛṣṇa.