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VERSO 44

eka eva paro hy ātmā
sarveṣām api dehinām
nāneva gṛhyate mūḍhair
yathā jyotir yathā nabhaḥ

ekaḥ — uma; eva — somente; paraḥ — a Suprema; hi — de fato; ātmāAlma; sarveṣām — entre todos; api — e; dehinām — seres corporifica­dos; nānāmuitos; iva — como se; gṛhyate — é percebida; mūḍhaiḥ — por aqueles que estão confusos; yathā — como; jyotiḥ — um corpo ce­leste; yathā — como; nabhaḥ — o céu.

Aqueles que estão confusos percebem a Alma Suprema única, que reside em todos os seres corporificados, como se fosse muitos, assim como se pode perceber a luz no céu, ou o próprio céu, como se fosse muitos.

SIGNIFICADO—A última linha deste verso, yathā jyotir yathā nabhaḥ, introduz duas analogias em que percebemos uma coisa como sendo muitas. Jyotiḥ indica a luz de corpos celestes tais como o Sol ou a Lua. Ape­sar de só existir uma Lua, podemos vê-la refletida em tanques, rios, lagos e baldes de água. Então, pareceria haver muitas luas, embora só exista uma. De modo semelhante, percebemos uma presença divina em cada ser vivo, porque o Senhor Supremo está presente em toda parte, embora Ele seja um só. A segunda analogia dada aqui, yathā nabhaḥ, é a do céu. Se temos em uma sala uma fileira de vasos de barro vedados, o céu, ou ar, está em cada vaso, embora o céu mesmo seja um só.

O Śrīmad-Bhāgavatam (1.2.32) apresenta uma analogia semelhante a res­peito do fogo e da lenha:

yathā hy avahito vahnir
dāruṣv ekaḥ sva-yoniṣu
nāneva bhāti viśvātmā
bhūteṣu ca tathā pumān

“O Senhor, como a Superalma, permeia todas as coisas, assim como o fogo permeia a madeira, de modo que Ele parece ser de muitas varie­dades, embora Ele seja o absoluto, único e incomparável.”

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