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VERSOS 15-17

īṣā-mātrogra-daṁṣṭrāsyaṁ
giri-kandara-nāsikam
gaṇḍa-śaila-stanaṁ raudraṁ
prakīrṇāruṇa-mūrdhajam

andha-kūpa-gabhīrākṣaṁ
pulināroha-bhīṣaṇam
baddha-setu-bhujorv-aṅghri
śūnya-toya-hradodaram

santatrasuḥ sma tad vīkṣya
gopā gopyaḥ kalevaram
pūrvaṁ tu tan-niḥsvanita-
bhinna-hṛt-karṇa-mastakāḥ

īṣā-mātra — como a relha de um arado; ugra — ferozes; daṁṣṭra — os dentes; āsyam — tendo uma boca na qual; giri-kandara — como cavernas de montanhas; nāsikam — as narinas de quem; gaṇḍa-śaila — como grandes blocos de pedra; stanam — os seios de quem; raudram — muito ferozes; prakīrṇa — desgrenhado; aruṇa-mūrdha-jam — cujo cabelo era da cor de cobre; andha-kūpa — como poços camuflados; gabhīra — profundos; akṣam — cavidades oculares; pulina-āroha-bhīṣaṇam — cujas coxas eram medonhas como as margens de um rio; baddha-setu-bhuja-uru-aṅghri — cujos braços, coxas e pés eram pontes fortemente construídas; śūnya-toya-hrada-udaram — cujo abdômen era como um lago sem água; santatrasuḥ sma — ficaram amedronta­dos; tat — isto; vīkṣya — vendo; gopāḥ — os vaqueiros; gopyaḥ — e as vaqueiras; kalevaram — semelhante corpo gigantesco; pūrvam tu — antes disto; tat-niḥsvanita — devido à alta vibração dela; bhinna — ficaram abalados; hṛt — cujos corações; karṇa — ouvidos; mastakāḥ — e cabeças.

A boca da Rākṣasī estava cheia de dentes, cada um deles parecendo a relha de um arado. Suas narinas eram profundas como cavernas de montanhas, e seus seios pareciam grandes blocos de pedra caídos de uma colina. Seu cabelo desgrenhado tinha a cor do cobre. As cavidades de seus olhos pareciam profundos poços camuflados, suas coxas medonhas assemelhavam-se às margens de um rio, seus braços, pernas e pés pareciam grandes pontes, e seu abdômen parecia um lago seco. Os corações, ouvidos e cabeças dos vaqueiros e vaqueiras já estavam abalados com o grito da Rākṣasī, e, ao verem a espantosa ferocidade de seu corpo, ficaram ainda mais amedrontados.

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