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VERSOS 27-29

ḍākinyo yātudhānyaś ca
kuṣmāṇḍā ye ’rbhaka-grahāḥ
bhūta-preta-piśācāś ca
yakṣa-rakṣo-vināyakāḥ

koṭarā revatī jyeṣṭhā
pūtanā mātṛkādayaḥ
unmādā ye hy apasmārā
deha-prāṇendriya-druhaḥ

svapna-dṛṣṭā mahotpātā
vṛddhā bāla-grahāś ca ye
sarve naśyantu te viṣṇor
nāma-grahaṇa-bhīravaḥ

ḍākinyaḥ yātudhānyaḥ ca kuṣmāṇḍāḥ — bruxas e diabos, inimigos das crianças; ye — aqueles que são; arbhaka-grahāḥ — conto estrelas maléficas para as crianças; bhūta — espíritos maus; preta — duendes perversos; piśācāḥ — maus espíritos semelhantes; ca — também; yakṣa — as entidades vivas conhecidas como Yakṣas; rakṣaḥ — aqueles conhe­cidos como Rakṣasas; vināyakāḥ — aqueles que são chamados Vināya­ka; koṭarā — chamada Koṭarā; revatī — chamada Revatī; jyeṣṭhā — chamada Jyeṣṭhā; pūtanā — chamada Pūtanā; mātṛkā-ādayaḥ — e mulheres perversas como Mātṛkā; unmādāḥ — aqueles que causam loucura; ye — outros que; hi — na verdade; apasmārāḥ — causando perda de memória; deha-prāṇa-indriya — ao corpo, ar vital e senti­dos; druhaḥ — causam danos; svapna-dṛṣṭāḥ — os espíritos maléficos que provocam sonhos ruins; mahā-utpātāḥ — aqueles que causam grandes perturbações; vṛddhāḥ — as mais experientes; bāla-grahaḥ ca — e aqueles que atacam crianças; ye — quem; sarve — todos eles; na­śyantu — que sejam exterminados; te — aqueles; viṣṇoḥ — do Senhor Viṣṇu; nāma-grahaṇa — pelo canto do nome; bhīravaḥ — ficam com medo.

As bruxas perversas conhecidas como Ḍākinīs, Yātudhānīs e Kuṣmāṇḍas são as maiores inimigas das crianças, e os maus espíritos tais como os Bhūtas, Pretas, Piśācas, Yakṣas, Rākṣasas e Vināyakas, e também bruxas como Koṭarā, Revatī, Jyeṣṭhā, Pūtanā e Mātṛkā, sempre estão dispostos a causar danos ao corpo, ao ar vital e aos sentidos, provocando perda de memória, loucura e sonhos ruins. Como as mais hábeis estrelas maléficas, todos eles criam grandes perturbações, especialmente para as crianças, mas podem-se exterminá-los simplesmente pronunciando o nome do Senhor Viṣṇu, pois, quando o nome do Senhor Viṣṇu ressoa, todos eles ficam com medo e vão embora.

SIGNIFICADO—Como se afirma na Brahma-saṁhitā (5.33):

advaitam acyutam anādim ananta-rūpam
ādyaṁ purāṇa-puruṣaṁ nava-yauvanaṁ ca
vedeṣu durlabham adurlabham ātma-bhaktau
govindam ādi-puruṣaṁ tam ahaṁ bhajāmi

“Adoro a Suprema Personalidade de Deus, Govinda, que é a pessoa original – não-dual, infalível e sem começo. Embora Se expanda em ilimitadas formas, Ele continua sendo o original, e embora seja a pessoa mais velha, Ele sempre parece um jovem viçoso. Essas eternas, bem-aventuradas e oniscientes formas do Senhor não podem ser compreendidas através da sabedoria acadêmica dos Vedas, mas sempre se manifestam aos devotos puros e imaculados.”

Enquanto decoramos o corpo com tilaka, damos proteção ao corpo, cantando doze nomes de Viṣṇu. Embora Govinda, ou o Senhor Viṣṇu, sejam iguais, Ele tem diferentes nomes e formas com os quais executa diferentes ações. Contudo, se alguém não pode lembrar-se de todos os nomes de uma só vez, pode simplesmente cantar: “Senhor Viṣṇu, Senhor Viṣṇu, Senhor Viṣṇu”, e sempre pensar no Senhor Viṣṇu. Viṣṇor ārādhanaṁ param: esta é a forma mais elevada de adoração. Se alguém sempre se lembra de Viṣṇu, embora muitos ele­mentos adversos perturbem-no, ele indubitavelmente ficará protegi­do. O Āyurveda-śāstra recomenda que auṣadhi cintayet viṣṇum: mesmo enquanto toma remédio, a pessoa deve lembrar-se de Viṣṇu, porque não existe apenas o remédio, e o Senhor Viṣṇu é o verdadeiro protetor. O mundo material está cheio de perigos (padaṁ padaṁ yad vipadām). Portanto, todos devem tornar-se vaiṣṇavas e pensar cons­tantemente em Viṣṇu. Isso se torna mais fácil cantando o mahā-­mantra Hare Kṛṣṇa. Logo, Śrī Caitanya Mahāprabhu recomenda que kīrtanīyaḥ sadā hariḥ paraṁ vijayate śrī-kṛṣṇa-saṅkīrtanam, e que kīrtanād eva kṛṣṇasya mukta-saṅgaḥ paraṁ vrajet.

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