VERSO 4
smāyāvaloka-lava-darśita-bhāva-hāri
bhrū-maṇḍala-prahita-saurata-mantra-śauṇḍaiḥ
patnyas tu śoḍaśa-sahasram anaṅga-bāṇair
yasyendriyaṁ vimathitum karaṇair na śekuḥ
smāya — com riso oculto; avaloka — de olhares; lava — pelos sinais; darśita — exibidas; bhāva — pelas intenções; hāri — encantadoras; bhrū — das sobrancelhas; maṇḍala — pelo arco; prahita — enviadas; saurata — românticas; mantra — de mensagens; śauṇḍaiḥ — com as manifestações de ousadia; patnyaḥ — esposas; tu — mas; ṣoḍaśa — dezesseis; sahasram — mil; anaṅga — de Cupido; bāṇaiḥ — com as flechas; yasya — cujos; indriyam — sentidos; vimathitum — de agitar; karaṇaiḥ — e por (outros) meios; na śekuḥ — eram incapazes.
As sobrancelhas arqueadas dessas dezesseis mil rainhas expressavam com encanto as intenções secretas daquelas damas através de tímidos e sorridentes olhares de soslaio. Assim, suas sobrancelhas transmitiam ousadas mensagens conjugais. Todavia, nem mesmo com essas flechas do Cupido, nem com outras táticas, elas conseguiam agitar os sentidos do Senhor Kṛṣṇa.