VERSO 45
ayaṁ mameṣṭo dayito ’nuvartī
mayābhayaṁ dattam amuṣya deva
sampādyatāṁ tad bhavataḥ prasādo
yathā hi te daitya-patau prasādaḥ
ayam — este; mama — meu; iṣṭaḥ — favorecido; dayitaḥ — muito querido; anuvartī — seguidor; mayā — por mim; abhayam — destemor; dattam — dado; amuṣya — dele; deva — ó Senhor; sampādyatām — por favor, que seja concedida; tat — portanto; bhavataḥ — Vossa; prasādaḥ — graça; yathā — como; hi — de fato; te — Vossa; daitya — dos demônios; patau — para o principal (Prahlāda); prasādaḥ — graça.
Este Bāṇāsura é meu querido e fiel seguidor, e lhe concedi destemor. Portanto, meu Senhor, fazei a gentileza de outorgar-lhe a Vossa misericórdia, assim como mostrastes misericórdia a Prahlāda, o senhor dos demônios.
SIGNIFICADO—O senhor Śiva sente-se inclinado a ajudar Bāṇāsura porque o demônio mostrou grande devoção pelo senhor Śiva quando providenciou acompanhamento musical para a dança tāṇḍava de Śiva. Outra razão pela qual Bāṇa é objeto do favor do senhor Śiva é que ele descende dos grandes devotos Prahlāda e Bali.