VERSO 16
sampūjya deva-ṛṣi-varyam ṛṣiḥ purāṇo
nārāyaṇo nara-sakho vidhinoditena
vāṇyābhibhāṣya mitayāmṛta-miṣṭayā taṁ
prāha prabho bhagavate karavāma he kim
sampūjya — adorando perfeitamente; deva — entre os semideuses; ṛṣi — sábio; varyam — o maior; ṛṣiḥ — o sábio; purāṇaḥ — primordial; nārāyaṇaḥ — o Senhor Nārāyaṇa; nara-sakhaḥ — o amigo de Nara; vidhinā — por escritura; uditena — prescrito; vāṇyā — com discurso; abhibhāṣya — conversando; mitayā — medido; amṛta — com néctar; miṣṭayā — doce; tam — a ele, Nārada; prāha — disse; prabho — ó senhor; bhagavate — pelo senhor; karavāma — podemos fazer; he — ó; kim — o que.
Depois de adorar perfeitamente o grande sábio entre os semideuses segundo os preceitos védicos, o Senhor Kṛṣṇa, que é Ele mesmo o sábio original – Nārāyaṇa, o amigo de Nara – conversou com Nārada, e a fala compassada do Senhor era tão doce quanto o néctar. Por fim, o Senhor perguntou a Nārada: “O que podemos fazer por ti, Nosso senhor e mestre?”
SIGNIFICADO—Neste verso, as palavras nārāyaṇo nara-sakhaḥ indicam que Kṛṣṇa é Ele mesmo o Senhor Supremo, Nārāyaṇa, que apareceu como o amigo do sábio Nara. Em outras palavras, o Senhor Kṛṣṇa é ṛṣiḥ purāṇaḥ, o mestre espiritual supremo e original. Não obstante, seguindo os preceitos védicos (vidhinoditena) de que um kṣatriya deve adorar os brāhmaṇas, o Senhor Kṛṣṇa alegremente adorou Seu devoto puro Nārada Muni.