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VERSO 4

gadām udyamya kārūṣo
mukundaṁ prāha durmadaḥ
diṣṭyā diṣṭyā bhavān adya
mama dṛṣṭi-pathaṁ gataḥ

gadām — sua maça; udyamya — brandindo; kārūsaḥ — o rei de Karū­ṣa (Dantavakra); mukundam — ao Senhor Kṛṣṇa; prāha — disse; dur­madaḥ — inebriado pelo falso orgulho; diṣṭyā — por boa fortuna; diṣṭyā — por boa fortuna; bhavān — Tu; adya — hoje; mama — minha; dṛṣṭi — da visão; patham — no caminho; gataḥ — vieste.

Erguendo sua maça, o atrevido rei de Karūṣa disse ao Senhor Mukunda: “Que sorte! Que sorte teres vindo diante de mim neste dia!”

SIGNIFICADO—Śrīla Śrīdhara Svāmī explica que, após esperar durante três vidas, Dantavakra, um ex-porteiro em Vaikuṇṭha, poderia agora voltar para o mundo espiritual. Portanto, o sentido transcendental de sua afirma­ção é: “Quão afortunado! Quão afortunado sou por poder hoje voltar à minha posição constitucional no mundo espiritual!”

No verso seguinte, Dantavakra refere-se a Kṛṣṇa como mātuleya, um primo materno. A mãe de Dantavakra, Śrutaśravā, era irmã do pai de Kṛṣṇa, Vasudeva.

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