VERSOS 11-15
gomatīṁ gaṇḍakīṁ snātvā
vipāśāṁ śoṇa āplutaḥ
gayāṁ gatvā pitṝn iṣṭvā
gaṅgā-sāgara-saṅgame
upaspṛśya mahendrādrau
rāmaṁ dṛṣṭvābhivādya ca
sapta-godāvarīṁ veṇāṁ
pampāṁ bhīmarathīṁ tataḥ
skandaṁ dṛṣṭvā yayau rāmaḥ
śrī-śailaṁ giriśālayam
draviḍeṣu mahā-puṇyaṁ
dṛṣṭvādriṁ veṅkaṭaṁ prabhuḥ
kāma-koṣṇīṁ purīṁ kāñcīṁ
kāverīṁ ca sarid-varām
śrī-rangākhyaṁ mahā-puṇyaṁ
yatra sannihito hariḥ
ṛṣabhādriṁ hareḥ kṣetraṁ
dakṣiṇāṁ mathurāṁ tathā
sāmudraṁ setum agamat
mahā-pātaka-nāśanam
gomatīm — no rio Gomatī; gaṇḍakīm — o rio Gaṇḍakī; snātvā — banhando-Se; vipāśām — no rio Vipāśā; śoṇe — no rio Śoṇa; āplutaḥ — tendo imergido; gayām — a Gayā; gatvā — indo; pitṝn — Seus antepassados; iṣṭvā — adorando; gaṅgā — do Ganges; sāgara — e o oceano; saṅgame — na confluência; upaspṛśya — tocando a água (banhando-Se); mahā-indra-adrau — no monte Mahendra; rāmam — o Senhor Paraśurāma; dṛṣṭvā — vendo; abhivādya — honrando; ca — e; sapta-godāvarīm — (indo) para a convergência dos sete Godāvarīs; veṇām — o rio Veṇā; pampām — o rio Pampā; bhīmarathīm — e o rio Bhīmarathī; tataḥ — então; skandam — o senhor Skanda (Kārttikeya); dṛṣṭvā — vendo; yayau — foi; rāmaḥ — o Senhor Balarāma; śrī-śailam — a Śrī-śaila; giri-śa — do senhor Śiva; ālayam — a residência; draviḍeṣu — nas províncias meridionais; mahā — muito; puṇyam — piedosas; dṛṣṭvā — vendo; adrim — a colina; veṅkaṭam — conhecida como Veṅkaṭa (a morada do Senhor Bālajī); prabhuḥ — o Senhor Supremo; kāma-koṣṇīm — a Kāmakoṣṇī; purīm kāñcīm — a Kāñcīpuram; kāverīm — ao Kāverī; ca — e; sarit — dos rios; varām — o melhor; śrī-raṅga-ākhyam — conhecido como Śrī-raṅga; mahā-puṇyam — lugar piedosíssimo; yatra — onde; sannihitaḥ — manifestou-Se; hariḥ — o Senhor Kṛṣṇa (na forma de Raṅganātha); ṛṣabha-adrim — o monte Ṛṣabha; hareḥ — do Senhor Viṣṇu; kṣetram — o lugar; dakṣiṇām mathurām — Mathurā meridional (Madurai, a morada da deusa Mīnākṣī); tathā — também; sāmudram — no oceano; setum — à ponte (Setubandha); agamat — foi; mahā — os maiores; pātaka — pecados; nāśanam — que destrói.
O Senhor Balarāma banhou-Se nos rios Gomatī, Gaṇḍakī e Vipāśā, e também mergulhou no Śoṇa. Foi a Gayā, onde adorou Seus antepassados, e à foz do Ganges, onde executou abluções purificatórias. No monte Mahendra, viu o Senhor Paraśurāma e ofereceu-Lhe orações, após o que Se banhou nos sete braços do rio Godāvarī, e também nos rios Veṇā, Pampā e Bhīmarathī. Então, o Senhor Balarāma encontrou-Se com o Senhor Skanda e visitou Śrī-śaila, a morada do Senhor Giriśa. Nas províncias meridionais conhecidas como Draviḍa-deśa, o Senhor Supremo viu a colina sagrada de nome Veṅkaṭa, bem como as cidades de Kāmakoṣṇī e Kāñcī, o excelso rio Kāverī e o santíssimo Śrī-raṅga, onde o Senhor Kṛṣṇa Se manifestou. Dali, foi para o monte Ṛṣabha, onde o Senhor Kṛṣṇa também mora, e para a Mathurā meridional. Então, foi até Setubandha, onde se destroem os mais graves pecados.
SIGNIFICADO—Em geral, as pessoas vão a Gayā para adorar os antepassados mortos. Contudo, como explica Śrīla Viśvanātha Cakravartī, embora o pai e o avô do Senhor Balarāma ainda estivessem vivos, foi por ordem de Seu pai que Ele adorou com muito zelo Seus antepassados em Gayā. Extraindo insights do Vaiṣṇava-toṣaṇī, o ācārya explica ainda que, embora estivesse muito próximo de Jagannātha Purī, o Senhor Balarāma não foi até lá, pois queria evitar o embaraço de ter de adorar a Si mesmo entre as formas de Śrī Kṛṣṇa, Balabhadra e Subhadrā.