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VERSO 21

kālena vrajatālpena
gokule rāma-keśavau
jānubhyāṁ saha pāṇibhyāṁ
riṅgamāṇau vijahratuḥ

kālena — de tempo; vrajatā — passando; alpena — uma duração muito breve; gokule — em Gokula, Vraja-dhāma; rāma-keśavau — Balarāma e Kṛṣṇa; jānubhyām — com a força de Seus joelhos; saha ­pāṇibhyām — apoiando-Se em Suas mãos; riṅgamāṇau — engatinhando; vijahratuḥ — desfrutaram de diversões infantis.

Passado pouco tempo, ambos os irmãos, Rāma e Kṛṣṇa, começaram a engatinhar pelo solo de Vraja com a força de Suas mãos e joelhos, desfrutando então de Seus divertimentos infantis.

SIGNIFICADO—Há um devoto brāhmaṇa que diz:

śrutim apare smṛtim itare bhāratam anye bhajantu bhava-bhītāḥ
aham iha nandaṁ vande yasyālinde paraṁ brahma

“Que os outros, temendo a existência material, adorem os Vedas, os Purāṇas védicos suplementares e o Mahābhārata, mas eu adorarei Nanda Mahārāja, em cujo quintal o Brahman Supremo está engati­nhando.” Para um devoto muitíssimo elevado, kaivalya, imergir na existência do Supremo, não parece melhor do que o inferno (nara­kāyate). Aqui, no entanto, alguém pode simplesmente pensar no episódio em que Kṛṣṇa e Balarāma engatinham no quintal de Nanda Mahārāja e sempre imergir em felicidade transcendental. Enquanto alguém estiver absorto em pensar na kṛṣṇa-līlā, especialmente nos passatempos infantis de Kṛṣṇa, nos quais Parīkṣit Mahārāja desejava absorver­-se, ele sempre ficará imerso em verdadeiro kaivalya. Portanto, Vyasa­deva compilou o Śrīmad-Bhāgavatam. Lokasyājānato vidvāṁś cakre sātvata-saṁhitām. (Śrīmad-Bhāgavatam 1.7.6) Sob a instrução de Nārada, Vyasa­deva compilou o Śrīmad-Bhāgavatam para que qualquer um possa aproveitar-se dessa literatura, pensar nos passatempos de Kṛṣṇa e sempre estar liberado.

śrutim apare smṛtim itare bhāratam anye bhajantu bhava-bhītāḥ
aham iha nandaṁ vande yasyālinde paraṁ brahma

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