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VERSO 51

tato bhaktir bhagavati
putrī-bhūte janārdane
dampatyor nitarām āsīd
gopa-gopīṣu bhārata

tataḥ — em seguida; bhaktiḥ bhagavati — o culto de bhaktī, o servi­ço devocional à Suprema Personalidade de Deus; putrī-bhūte — no Senhor, que aparecera como filho de mãe Yaśodā; janārdane — no Senhor Kṛṣṇa; dam-patyoḥ — do esposo e da esposa; nitarām — conti­nuamente; āsīt — havia; gopa-gopīṣu — todos os habitantes de Vṛndāvana, os gopas e as gopīs, associando-se com Nanda Mahārāja e Yaśodā e seguindo-lhes os passos; bhārata — ó Mahārāja Parīkṣit.

Em seguida, ó Mahārāja Parīkṣit, melhor dos Bhāratas, quando a Suprema Personalidade de Deus tornou-Se filho de Nanda Mahārāja e Yaśodā, eles sentiam contínuo e inabalável amor devocional em afeição parental. E, na companhia deles, todos os outros habitantes de Vṛndāvana, os gopas e as gopīs, desenvolveram a cultura de kṛṣṇa-bhakti.

SIGNIFICADO—Embora quando a Suprema Personalidade de Deus roubava a manteiga, coalhada e leite dos gopas e gopīs vizinhos esta imper­tinência parecesse perturbadora, era, na verdade, uma troca amorosa no êxtase do serviço devocional. Quanto mais os gopas e as gopīs se relacionavam com o Senhor, mais seu serviço devocional aumentava. Às vezes, em uma percepção superficial, talvez enxerguemos um devoto como alguém em dificuldade por estar ocupado no serviço devocio­nal, mas o fato é bem diferente. Quando um devoto sofre por amor a Kṛṣṇa, esse sofrimento é um prazer transcendental. Para quem não é devoto, isso não pode ser entendido. Quando Kṛṣṇa manifestou Seus passatempos infantis, não apenas Nanda Mahārāja e Yaśodā intensificaram sua afeição devocional, senão que aqueles que viviam na companhia deles também aumentaram seu serviço devocional. Em outras palavras, as pessoas que seguem as atividades que são exe­cutadas em Vṛndāvana também desenvolverão o serviço devocional na máxima perfeição.

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