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VERSO 3

kuto ’śivaṁ tvac-caraṇāmbujāsavaṁ
mahan-manasto mukha-niḥsṛtaṁ kvacit
pibanti ye karṇa-puṭair alaṁ prabho
dehaṁ-bhṛtāṁ deha-kṛd-asmṛti-cchidam

kutaḥ — de onde; aśivam — inauspiciosidade; tvat — Teus; caraṇa — dos pés; ambuja — semelhantes a lótus; āsavam — o inebriante néctar; mahat — das grandes almas; manastaḥ — das mentes; mukha — através de suas bocas; niḥsṛtam — derramado; kvacit — a qualquer tempo; pi­banti — bebem; ye — aqueles que; karṇa — de seus ouvidos; puṭaiḥ — com os cálices; alam — tanto quanto desejam; prabho — ó mestre; deham — corpos materiais; bhṛtām — para aqueles que possuem; deha — dos corpos; kṛt — sobre o criador; asmṛti — do esquecimento; chidam­ — aquele que desarraiga.

[Os parentes do Senhor Kṛṣṇa disseram:] Ó mestre, como pode surgir infortúnio para aqueles que ao menos uma vez beberam livremente o néctar proveniente de Teus pés de lótus? Essa bebida ine­briante é derramada nos cálices de seus ouvidos, tendo fluído das mentes de grandes devotos através de suas bocas, e destrói o esquecimento que as almas corporificadas têm do criador de sua existência corpórea.

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