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VERSO 10

indriyaṁ tv indriyāṇāṁ tvaṁ
devāś ca tad-anugrahaḥ
avabodho bhavān buddher
jīvasyānusmṛtiḥ satī

indriyam — ó poder de iluminar seus objetos; tu — e; indriyāṇām — dos sentidos; tvam — Vós; devāḥ — os semideuses (que regulam os vários sentidos); ca — e; tat — deles (os semideuses); anugrahaḥ — a misericórdia (mediante a qual os sentidos podem agir); avabodhaḥ — o poder de decisão; bhavān — Vós; buddheḥ — da inteligência; jīva­sya — da entidade viva; anusmṛtiḥ — o poder de lembrança; satī — cor­reta.

Sois o poder que os sentidos têm de revelar seus objetos, os semideuses regentes dos sentidos e a sanção dada por estes semideuses para a atividade sensória. Sois a capacidade da inteligência para tomar decisões e a habilidade que o ser vivo tem de lembrar as coisas com exatidão.

SIGNIFICADO—Śrīla Viśvanātha Cakravartī assinala que sempre que um dos sen­tidos materiais se envolve com seu objeto, o semideus que rege esse determinado órgão sensorial deve dar sua sanção. O ācārya Viśvanātha Cakravartī explica a palavra anusmṛti neste verso em seu sen­tido superior, como o reconhecimento que a pessoa tem de si como alma espiritual eterna.

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