VERSOS 2-3
śrī-śuka uvāca
arjunas tīrtha-yātrāyāṁ
paryaṭann avanīṁ prabhuḥ
gataḥ prabhāsam aśṛṇon
mātuleyīṁ sa ātmanaḥ
duryodhanāya rāmas tāṁ
dāsyatīti na cāpare
tal-lipsuḥ sa yatir bhūtvā
tri-daṇḍī dvārakām agāt
śrī-śukaḥ uvāca — Śukadeva Gosvāmī disse; arjunaḥ — Arjuna; tīrtha — pelos lugares sagrados; yātrāyām — enquanto em peregrinação; paryaṭan — divagando; avanīm — pela terra; prabhuḥ — o grande senhor; gataḥ — tendo ido; prabhāsam — a Prabhāsa; aśṛṇot — ouviu; mātuleyīm — a filha do tio; saḥ — ele; ātmanaḥ — seu; duryodhanāya — a Duryodhana; rāmaḥ — o Senhor Balarāma; tām — a ela; dāsyati — pretende dar; iti — assim; na — não; ca — e; apare — ninguém mais; tat — a ela; lipsuḥ — desejando obter; saḥ — ele, Arjuna; yatiḥ — um sannyāsī; bhūtvā — tornando-se; tri-daṇḍī — carregando um cajado de três pontas; dvārakām — para Dvārakā; agāt — foi.
Śukadeva Gosvāmī disse: Enquanto viajava por toda parte visitando vários lugares sagrados de peregrinação, Arjuna chegou a Prabhāsa. Ali, ouviu que Balarāma pretendia dar em casamento Subhadrā, sua prima materna, a Duryodhana, e que ninguém mais aprovava esse plano. Porque o próprio Arjuna queria casar-se com ela, ele se disfarçou de renunciante, chegando até a carregar o cajado de três pontas, e foi para Dvārakā.
SIGNIFICADO—O plano de Arjuna para obter Subhadrā como esposa pode não parecer convencional, mas ele não agia sem encorajamento; de fato, o Senhor Kṛṣṇa era seu principal co-conspirador. E em Dvārakā, a maioria dos membros da família real, sobretudo Vasudeva, estava infeliz com a ideia de dar sua filha favorita a Duryodhana.