VERSOS 18-19
devopalabdhim aprāpya
nirvedāt saptame ’hani
śiro ’vṛścat sudhitinā
tat-tīrtha-klinna-mūrdhajam
tadā mahā-kāruṇiko sa dhūrjaṭir
yathā vayaṁ cāgnir ivotthito ’nalāt
nigṛhya dorbhyāṁ bhujayor nyavārayat
tat-sparśanād bhūya upaskṛtākṛtiḥ
deva — do senhor; upalabdhim — visão; aprāpya — não conseguindo; nirvedāt — devido à frustração; saptame — no sétimo; ahani — dia; śiraḥ — sua cabeça; avṛścat — estava prestes a cortar; sudhitinā — com uma machadinha; tat — daquele (Kedāranātha); tīrtha — (nas águas do) lugar sagrado; klinna — tendo molhado; mūrdha-jam — o cabelo; tadā — então; mahā — sumamente; kāruṇikaḥ — misericordioso; saḥ — ele; dhūrjatiḥ — o senhor Śiva; yathā — assim como; vayam — nós; ca — também; agniḥ — o deus do fogo; iva — aparecendo como; utthitaḥ — surgido; analāt — do fogo; nigṛhya — agarrando; dorbhyām — com seus braços; bhujayoḥ — os braços dele (Vṛka); nyavārayat — deteve-O; tat — dele (do senhor Śiva); sparśanāt — pelo toque; bhūyaḥ — de novo; upaskṛta — bem formado; ākṛtiḥ — seu corpo.
Vṛkāsura ficou frustrado por não conseguir ter a audiência com o senhor. Por fim, no sétimo dia, depois de molhar o cabelo nas águas sagradas de Kedāranātha e deixá-lo molhado, ele apanhou uma machadinha e preparou-se para decepar sua cabeça. Porém, naquele exato momento, o misericordiosíssimo senhor Śiva ergueu-se do fogo do sacrifício, parecendo o próprio deus do fogo, e agarrou ambos os braços do demônio para impedi-lo de se matar, assim como nós o faríamos. Ao toque do senhor Śiva, Vṛkāsura recobrou-se.