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VERSO 50

tamaḥ su-ghoraṁ gahanaṁ kṛtaṁ mahad
vidārayad bhūri-tareṇa rociṣā
mano-javaṁ nirviviśe sudarśanaṁ
guṇa-cyuto rāma-śaro yathā camūḥ

tamaḥ — a escuridão; su — muito; ghoram — medonha; gahanam — densa; kṛtam — uma manifestação da criação material; mahat — imen­so; vidārayat — trespassando; bhūri-tareṇa — extremamente extensa; rociṣā — com sua refulgência; manaḥ — da mente; javam — tendo a velocidade; nirviviśe — entrou; sudarśanam — o disco Sudarśana; guṇa — da corda de Seu arco; cyutaḥ — atirado; rāma — do Senhor Rāmacandra; śaraḥ — uma flecha; yathā — como se; camūḥ — contra um exército.

O disco Sudarśana do Senhor penetrava a escuridão com sua ofuscante refulgência. Precipitando-se com a velocidade da mente, ele trespassava o medonho e denso esquecimento que se expandi­ra da matéria primordial, como uma flecha atirada do arco do Senhor Rāma trespassa o exército de Seu inimigo.

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