VERSO 53
tasmin mahā-bhogam anantam adbhutaṁ
sahasra-mūrdhanya-phaṇā-maṇi-dyubhiḥ
vibhrājamānaṁ dvi-guṇekṣaṇolbaṇaṁ
sitācalābhaṁ śiti-kaṇṭha-jihvam
tasmin — lá; mahā — enorme; bhogam — serpente; anantam — o Senhor Ananta; adbhutam — espantoso; sahasra — mil; mūrdhanya — em Suas cabeças; phaṇā — sobre os capelos; maṇi — das pedras preciosas; dyubhiḥ — com os raios reluzentes; vibhrājamānam — brilhando; dvi — duas vezes; guṇa — tantos; ikṣaṇa — cujos olhos; ulbaṇam — assustadores; sita — branca; acala — a montanha (a saber, Kailāsa); ābham — cuja semelhança; śiti — azul-escuros; kaṇṭha — cujos pescoços; jihvam — e línguas.
Naquele palácio, encontrava-se a imensa e assustadora serpente Ananta Śeṣa. Ele brilhava deslumbrantemente em virtude do fulgor que emanava das pedras preciosas de Seus milhares de capelos e que se refletia de seus olhos medonhos. Ele parecia o branco monte Kailāsa, e Seus pescoços e línguas eram azul-escuros.