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VERSO 17

bho bhoḥ sadā niṣṭanase udanvann
alabdha-nidro ’dhigata-prajāgaraḥ
kim vā mukundāpahṛtātma-lāñchanaḥ
prāptāṁ daśāṁ tvaṁ ca gato duratyayām

bhoḥ — querido; bhoḥ — querido; sadā — sempre; niṣṭanase — estás fazendo um som alto; udanvan — ó oceano; alabdha — não obtendo; nidraḥ — sono; adhigata — experimentando; prajāgaraḥ — insônia; kim vā — ou, então, talvez; mukunda — por Kṛṣṇa; apahṛta — levadas embo­ra; ātma — pessoais; lāñchanaḥ — marcas; prāptām — obtida (por nós); daśām — a condição; tvam — tu; ca — também; gataḥ — alcançaste; duratyayām — impossível ficar livre de.

Caro oceano, estás sempre rugindo, sem dormir à noite. Estás sofrendo de insônia? Ou será que, como fez conosco, Mukunda levou tuas insígnias e perdeste a esperança de recuperá-las?

SIGNIFICADO—Śrīla Śrīdhara Svāmī afirma que as rainhas do Senhor Kṛṣṇa aqui confundem o mar que rodeia Dvārakā com o celestial oceano de leite, de onde Lakṣmī e a joia Kaustubha surgiram muitíssimo tempo atrás. Essas foram levadas (apahṛta) pelo Senhor Viṣṇu, e agora residem em Seu peito. As rainhas supõem que o oceano está ansioso por rever a marca da residência de Lakṣmī e a joia Kaustubha no peito do Senhor, e exprimem sua solidariedade dizendo que elas também querem ver essas marcas. Mas as rainhas desejam ainda mais ver as marcas de kuṅkuma no peito do Senhor, as quais Ele “roubou” de seus seios quando elas O abraçaram pela última vez.

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