VERSO 31
chandāṁsy anantasya śiro gṛṇanti
daṁṣṭrā yamaḥ sneha-kalā dvijāni
hāso janonmāda-karī ca māyā
duranta-sargo yad-apāṅga-mokṣaḥ
chandāṁsi — os hinos védicos; anantasya — do Supremo; śiraḥ — a passagem cerebral; gṛṇanti — dizem; daṁṣṭrāḥ — as mandíbulas com seus dentes; yamaḥ — Yamarāja, o diretor dos pecadores; sneha-kalāḥ — a arte da afeição; dvijāni — a arcada dentária; hāsaḥ — sorriso; jana-unmāda-karī — a extremamente sedutora; ca — também; māyā — energia ilusória; duranta — intransponível; sargaḥ — a criação material; yat-apāṅga — cujo olhar; mokṣaḥ — lançando sobre.
Dizem que os hinos védicos são a passagem cerebral do Senhor, e Suas mandíbulas cheias de dentes são Yama, o deus da morte, que pune os pecadores. A arte do afeto é Sua dentição, e a extremamente sedutora energia material ilusória é Seu sorriso. Este grande oceano, a criação material, é apenas o olhar que Ele lança sobre nós.
SIGNIFICADO—Segundo a afirmação védica, esta criação material resulta do fato de o Senhor lançar um olhar sobre a energia material, que nesta passagem é descrita como a energia ilusória extremamente sedutora. As almas condicionadas que se deixam seduzir por esse materialismo precisam saber que a criação material temporária é uma simples imitação da realidade e que aqueles que se deixam cativar por esses olhares sedutores do Senhor são postos sob a direção do controlador dos pecadores, de nome Yamarāja. O Senhor sorri afetuosamente, mostrando Seus dentes. A pessoa inteligente que pode depreender estas verdades sobre o Senhor torna-se uma alma inteiramente rendida a Ele.