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VERSO 9

pariniṣṭhito ’pi nairguṇya
uttama-śloka-līlayā
gṛhīta-cetā rājarṣe
ākhyānaṁ yad adhītavān

pariniṣṭhitaḥ — plenamente realizado; api — apesar de; nairguṇye — em transcendência; uttama — iluminado; śloka — verso; līlayā — pelos passatempos; gṛhīta — sendo atraída; cetāḥ — a atenção; rājarṣe — ó rei santo; ākhyānam — descrição; yat — isto; adhītavān — estudei.

Ó rei santo, eu certamente estava situado em perfeita transcendência. Ainda assim, eu me atraí pela descrição dos passatempos do Senhor, o qual é mencionado em versos iluminados.

SIGNIFICADO—Na primeira etapa, através de especulação filosófica, a Verdade Absoluta é compreendida como o Brahman e, depois, como a Superalma, quando se continua progredindo em conhecimento transcendental. Mas se, pela graça do Senhor, o impersonalista ilumina-se com as afirmações superiores contidas no Śrīmad-Bhāgavatam, ele também se converte em um devoto transcendental da Personalidade de Deus. Com um pobre fundo de conhecimento, não podemos aceitar a ideia de que a Verdade Absoluta seja uma pessoa, e os impersonalistas, dotados de inteligência pouco aguçada, não apreciam as atividades pessoais do Senhor. Contudo, as razões e argumentos aliados ao processo que consiste em a pessoa aproximar-se da Verdade Absoluta ajudam até mesmo aquele que é declaradamente impersonalista a sentir atração pelas atividades pessoais do Senhor. Uma pessoa como Śukadeva Gosvāmī não pode sentir-se atraída por nenhuma atividade mundana, mas, ao ser convencido por um método superior, semelhante devoto decerto se atrai pelas atividades transcendentais do Senhor. Tal qual Suas atividades, o Senhor é transcendental. Ele não é inativo nem impessoal.

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