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VERSO 11

sūta uvāca
ity upāmantrito rājñā
guṇānukathane hareḥ
hṛṣīkeśam anusmṛtya
prativaktuṁ pracakrame

sūtaḥ uvāca — Sūta Gosvāmī disse; iti — assim; upāmantritaḥ — sendo solicitado; rājñā — pelo rei; guṇa-anukathane — para que descrevesse os atributos transcendentais do Senhor; hareḥ — da Personalidade de Deus; hṛṣīkeśam — o senhor dos sentidos; anusmṛtya — com a devida lembrança de; prativaktum — apenas para responder; pracakrame — executou os preâmbulos.

Sūta Gosvāmī disse: Quando o rei pediu a Śukadeva Gosvāmī que descrevesse a energia criativa da Personalidade de Deus, lembrou-se sistematicamente do mestre dos sentidos [Śrī Kṛṣṇa] e, para dar uma resposta apropriada, falou as seguintes palavras.

SIGNIFICADO—Os devotos do Senhor, enquanto dão palestras e descrevem os atributos transcendentais do Senhor, não pensam que podem fazer algo de maneira independente. Sabem que podem falar apenas o que o Senhor Supremo, o mestre dos sentidos, os induz a falar. Os sentidos do ser individual não são sua propriedade; o devoto sabe que esses sentidos pertencem ao Senhor Supremo e que podem ser usados devidamente quando empregados no serviço ao Senhor. Os sentidos são instrumentos, e os elementos são ingredientes que, para funcionar, precisam da intervenção do Senhor; portanto, tudo o que o indivíduo pode fazer, falar, ver etc. está apenas sob a direção do Senhor. A Bhagavad-gītā (15.15) confirma isso: sarvasya cāhaṁ hṛdi sanniviṣṭo mattaḥ smṛtir jñānam apohanaṁ ca. Ninguém tem autoridade para agir livre e com independência, e, nesse caso, todos sempre devem buscar a permissão do Senhor para agir ou comer ou falar, e, pela bênção do Senhor, tudo o que o devoto faz está além dos princípios das quatro classes de defeitos característicos da alma condicionada.

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